8m: Juntas! Contra Bolsonaro – Vivas Nos Queremos
#VacinaParaTodasJá #RendaBásicaContraFome #VidasNegrasImportam
Desde as grandes mobilizações do #EleNão em 2018, as mulheres vem construindo verdadeiras trincheiras de luta contra Bolsonaro. Estivemos nas ruas organizando a classe e abrindo portas para o ganho de maioria social que rechace a política bolsonarista. Mas, há um ano o Brasil e o mundo conheceram um inimigo comum, o CoronaVírus que virou a forma de organização dos movimentos.
No Brasil, a Covid-19 já fez mais de 240 mil vítimas, número que cresce a cada dia graças a política genocida de Bolsonaro. Além da crise sanitária, temos uma crise econômica e social em curso, aprofundada por Bolsonaro e seus aliados. São milhões de desempregados, e a volta de muitos brasileiros para a extrema pobreza. O corte do auxílio emergencial escancara a desigualdade no país, famílias que vivem com a fome rondando suas casas e sem perspectivas de futuro. A violência policial segue com o projeto de genocídio do povo negro, e mães pretas seguem chorando por seus filhos. O caos na saúde se agrava, o constante desmonte do SUS e a falta de um plano nacional de vacinação efetivo tem como resultado a falta de oxigênio em Manaus e no norte, e o dado de menos de 3% da população vacinada.
A necessidade da prática do isolamento social decorrente da pandemia do COVID-19 trouxe muitos reflexos para a vida de todas as pessoas, e as mulheres têm sentido de uma maneira negativa dado o exponencial aumento da violência doméstica e familiar. O desemprego, a sobrecarga de tarefas, a falta de perspectivas entre outras questões, tem como resultado os casos recorrentes de violência contra as mulheres.
Vivemos um cabo de guerra com o governo. Os inúmeros casos de corrupção e a má gestão no enfrentamento da pandemia colocaram a popularidade de Bolsonaro em queda livre. Do outro lado, sua cúpula ganha espaço com a presidência da Câmara com Arthur Lira, e do senado com Rodrigo Pacheco. Já podemos sentir os primeiros passos da agenda economia ultraliberal sendo posta com a subordinação do Banco Central, a reforma administrativa, e outras atrocidades. Além disso, as pautas conservadoras começam a sinalizar sua volta, como a bancada antiaborto.
E é nesse cenário de crise sanitária, econômica e social que se discute a construção do 8 de março. O 8M é a data mais importante do movimento feminista, é o que costuma ser o pontapé das mobilizações de ruas do ano, mas que agora no cenário de pandemia encontra mais entraves na mobilização. O último grande ato de 2020 antes do fechamento total, foi o 8M, onde denunciamos a política machista de Bolsonaro.
Assim é fundamental então que o conjunto do movimento feminista mostre o papel das mulheres nas lutas da conjunturas sendo um polo combativo ao bolsonarismo e a extrema direita no pais. O 8M deve ser um momento de reoxigenação do movimento feminista, linkando as lutas pelo auxílio emergencial, vacina para todas e todos e pelo impeachment de Bolsonaro, à luta das mulheres. Se são as mulheres na linha de frente da saúde e da pesquisa, as que mais sentem a fome batendo na porta de casa, as que mais sofreram com o aumento da violência durante a quarentena, também seremos nós as percursoras dessas lutas.
Vamos construir em todo o Brasil um forte 8 de março, dentro dos limites sanitários seguros, ocuparemos as ruas e as redes dizendo que vidas negras importam, exigindo vacina para todos já!, renda básica contra a fome e FORA BOLSONARO. Só assim o Brasil conseguirá sair desse caos em que se encontra. Devemos lutar sempre pela vida em primeiro lugar. Juntas! contra Bolsonaro. Vivas nos queremos!
Quer organizar o 8M na sua cidade? Então, seguem algumas sugestões do Juntas!
- Faixas em viadutos, ruas de grande movimentação da cidade
- Atos simbólicos pela cidade
- Colagem de lambes
- Carreatas, bicicletas
- Projeções em prédios
- Panfletagens
- Campanhas de solidariedade ativa
- Iniciativas de redes: lives, twittaços