8M: Juntas contra o racismo e pela vida das mulheres. Fora Bolsonaro!
Convocamos todas, todos e todes a construir e participar dos atos do dia 8 de março em todo o país para colocar nas ruas nossa indignação e nossa força!
Março é o mês marcado pela luta histórica das mulheres trabalhadoras em todo o mundo e nós estaremos mais uma vez nas ruas neste dia 8, dia internacional de luta das mulheres, depois de um hiato no último ano provocado pela pandemia da COVID-19. É pela vida das milhares de mulheres que morreram em decorrência da negligência e negacionismo do governo federal que nossa luta para tirar Bolsonaro do poder e derrotar a extrema direita no Brasil é diária.
A pandemia foi e está sendo especialmente cruel com as mulheres. Estamos passando pelo aumento alarmante da violência doméstica, altas taxas de desemprego, aumento vertiginoso do preço dos alimentos e insumos básicos para nossa sobrevivência e o governo Bolsonaro é responsável direto por essa catástrofe. Lutar pela vida das mulheres é também defender condições de sustento às famílias que vivem em miséria e essa luta, como toda dificuldade que as mulheres no Brasil e no mundo passam, é diária. Em virtude disso, o governo federal segue despencando em popularidade e aceitação, perdendo a maioria social que levou a sua eleição em 2018. No entanto, Bolsonaro não está derrotado e ainda possui uma leva de apoiadores e defensores do seu projeto político de extrema direita.
No Brasil de passado e presente profundamente racistas, o Bolsonaro e seus aliados viram espaço para aprofundar os ataques ao povo preto e indígena. Nossa luta neste 8 de março é pelo combate ao racismo, que vitima muito mais as mulheres negras do que as brancas por feminicídio, e também contra o genocídio negro, o genocídio indígena e por todas as mulheres que perdem seus filhos ou suas próprias vidas pela mão do estado brasileiro.
Também nos colocamos nas ruas para manifestar nossa solidariedade ao povo ucraniano, defendendo seu direito à autodeterminação e condenando a invasão russa, bem como a expansão da OTAN para o leste-europeu. Sabemos que em tempos de guerra as mulheres sofrem enormemente com a violência e a crise disparada pelas saídas bélicas. Contra a guerra imperialista, nossa luta é pela paz.
Os ataques às nossas vidas seguem acontecendo dentro e fora do Brasil. Precisamos defender a necessidade de mobilização permanente das mulheres na luta pela vida, pela paz, por melhores condições de vida, contra Bolsonaro e em defesa dos nossos direitos. Por isso, convocamos todas, todos e todes a construir e participar dos atos do dia 8 de março em todo o país para colocar nas ruas nossa indignação e nossa força. Vamos juntas contra o racismo e pela vida das mulheres. Fora Bolsonaro!