O mês de julho é marcado pelo dia da Mulher Negra Latino-americano e Caribenha. E você, sabe o que significa esse dia?

Em 25 de julho de 1992, na República Dominicana, foi realizado o 1° Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, por isso julho é marcado pela luta das mulheres negras.

O feminismo negro no Brasil utiliza dessa data para expor a luta histórica das mulheres negras em uma sociedade estruturalmente machista e racista. De acordo com  Fórum de Segurança Pública, mostra que mulheres negras são as mais afetadas pela violência contra a mulher, sendo 60% dos casos de feminicídios, 51% de lesão corporal e 52% dos casos de estupros. Além disso, são as mulheres negras as mais afetadas pelo desemprego, representando o dobro da desocupação de homens brancos (PNAD Contínua de 2017 a 2021). Sem emprego, renda e condições materiais para a sobrevivência, o ciclo da violência se repete e as maiores atingidas somos nós, mulheres negras. Isso nos mostra que precisamos fortalecer nossas organizações, e nos mantermos munidas contra essas opressões, construindo uma outra realidade para nós e pros nossos. 

O Juntas! no julho das pretas e nossas tarefas pra construir outro futuro 

Ao longo do mês de julho o Juntas! esteve envolvida em diversas atividades pelo Brasil, seja realizando rodas de conversas, saraus em praça pública e participando de atos. Em SP no dia 25 de julho centenas de mulheres negras reuniram-se  na praça da República, o Juntas esteve lá com o nosso mote “Pretas por um outro futuro – Bolsonaro Nunca Mais” reivindicando um futuro sem violências, com nossos direitos garantidos e com dignidade. Em Belém as mulheres negras amazônidas deram o recado, iremos derrotar Bolsonaro e bolsonarismo e defender nossos territórios.

Com o início do segundo semestre do ano, temos a proximidade das eleições. Sabemos que nossa tarefa prioritária será derrotar Bolsonaro. Essa batalha será travada nas urnas, mas não somente nelas. Precisamos de um movimento feminista que siga organizado nas ruas para que possamos também derrotar o bolsonarismo,e que o movimento ocupe as câmaras, senado, governo. Nessas eleições, nós do Juntas! apresentamos a plataforma eleitoral “Juntas! Por Um Futuro Feminista. Elas me representam”, e nela apresentamos mulheres negras, Lbts, feministas, anticapitalistas para serem nossos megafones e ecoarem nossas lutas. Precisamos também enegrecer a política!

A luta das mulheres negras tem que ser a base para todas as lutas, enegrecer o movimento feminista  é parte fundamental da construção do feminismo para os 99%, com um programa de superação das opressões. Com a necessidade de avançar no movimento feminista pressupõe a necessidade de se organizar, e aqui deixamos o chamado de Leila Gonzalez: Organização já!

Vamos  juntas construir um feminismo enegrecido para os 99%!