Como feministas não podemos ficar em silêncio. Como feministas dizemos NÃO ao genocídio na Palestina!
Design sem nome

Como feministas não podemos ficar em silêncio. Como feministas dizemos NÃO ao genocídio na Palestina!

Confira a tradução da declaração internacional feminista em solidariedade ao povo palestino, assinada e apoiada pelo Coletivo Juntas!

30 out 2023, 18:25

Como feministas, não podemos permanecer caladas face ao genocídio em curso de Israel contra Gaza. Não podemos permanecer caladas perante o contínuo bombardeio de civis inocentes e frente à exigência à população palestina do norte de Gaza para que abandonem as suas casas ou, caso contrário, enfrentarão o extermínio. Ao longo dos anos, a catástrofe vivida pelo povo palestino, submetido a um regime de apartheid que se baseia numa política colonial, normalizou-se.

Reconhecemos e partilhamos a dor das famílias cujos entes queridos foram mortos ou feitos reféns e condenamos os ataques do Hamas contra civis israelenses. Ao mesmo tempo, repudiamos veementemente o princípio da punição coletiva que, ao penalizar as pessoas por ações pelas quais não são responsáveis, é absolutamente imoral e foi condenado pelo direito internacional (ver artigo 3º da Convenção de Genebra) e até pelos escritos religiosos. Rejeitamos também o “apoio incondicional” dos Estados Unidos, expresso pelo Presidente Joe Biden, às ações de guerra de Israel, e aos Estados europeus que apoiam este genocídio em curso. Com estas ações buscam justificar a natureza colonial das suas políticas e toleram, e até permitem, o apoio a novas atrocidades e violações dos direitos humanos na região.

Como indivíduos e comunidades empenhadas na construção de uma sociedade que promova a justiça social e o valor da vida humana, devemos exigir o fim imediato do cerco, e também o fim da ocupação ilegal e do regime criminoso de apartheid ao qual o povo palestino tem sido submetido, condenado em seu próprio país pelo governo de Israel e com o consentimento de organizações internacionais, cujo objetivo deveria ser garantir o respeito pelos direitos humanos. Em Gaza, toda uma população tem sido privada dos seus direitos mais básicos (sem água, sem eletricidade, sem comida) e forçada a viver em sua terra ancestral, num estado que foi definido como “uma prisão ao ar livre”. Na Faixa de Gaza, a população convive diariamente com ameaças de violência e expulsões, intensificadas nos últimos tempos com a aprovação de novos assentamentos e assassinatos diários pela polícia.

Fazemos um apelo internacional às feministas para que se juntem às ações de solidariedade às reivindicações do povo palestino que ocorrem em diferentes países do mundo, e para as promoverem onde elas não estão ocorrendo; ouvir, dar espaço e solidariedade às vozes das feministas palestinas que hoje, assim como ontem, resistem. Apelamos também às feministas em Israel para que pressionem o governo para acabar com esta destruição planejada das vidas palestinas e para que trabalhem nas suas comunidades para convencer as famílias e os vizinhos de que a continuação do cerco militar a Gaza só trará mais insegurança e derramamento de sangue.

Devemos insistir que o princípio da “punição coletiva”, tão odiosamente implementado pelos nazistas nos países que ocuparam, seja firmemente condenado e exigir que o cerco a Gaza seja interrompido imediatamente. Que acabem todas as ocupações e assentamentos ilegais, pois são as causas fundamentais da violência. Que a Palestina seja livre, pois esta é a única forma em que todas/todos/todes podemos ser livres.

Confira neste link as primeiras assinaturas e assine você também!


Parceiros

Entre em contato!

Política de privacidade

Mensagem enviada com sucesso!