Pessoas com deficiência e comunidade LGBT+ estão no Censo?
Tânia Rego/ Agência Brasil

Pessoas com deficiência e comunidade LGBT+ estão no Censo?

Sobre a falta de dados para políticas públicas.

Joyce Paszko e Rafaela Moreira 1 jun 2023, 16:27

Recenseadores do IBGE estavam em campo realizando coletas desde 1º de agosto de 2022 e continuaram a realizar o trabalho durante o mês de janeiro de 2023. Programado para acontecer em 2020, o censo foi realizado com dois anos de atraso em razão da pandemia de Covid-19 e de cortes orçamentários.

Em 2021, o censo sofreu novo adiamento, por falta de orçamento. Após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo federal liberou os R$ 2,3 bilhões solicitados pelo IBGE.

No Censo 2022, há dois tipos de questionário: o básico, com 26 perguntas, leva em torno de 5 minutos para ser respondido, segundo o IBGE.  Traz os seguintes blocos de perguntas: identificação do domicílio, informações sobre moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação, rendimento do responsável pelo domicílio, mortalidade. Já o questionário ampliado, com 77 perguntas e respondido por cerca de 11% dos domicílios, leva em torno de 16 minutos para ser respondido, segundo o IBGE. Além dos blocos contidos no questionário básico, investiga também: trabalho, rendimento, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência e autismo, migração interna e internacional, deslocamento para estudo e deslocamento para trabalho.

A seleção da amostra que respondeu o questionário ampliado foi de forma aleatória é feita automaticamente no Dispositivo Móvel de Coleta (DMC) do recenseador.

Ter um censo efetivo e real é fundamental para definir políticas públicas, além de se obter maior conhecimento sobre as pessoas com deficiência e a comunidade LGBT+.

Desde o censo de 1990, o Brasil tem a lei 7.853/89 que inclui as pessoas com deficiência nos censos nacionais.

Os dados do censo são utilizados para implantar políticas públicas e até mesmo no setor privado, para que haja avanços é necessário a inserção dos campos sobre as pessoas com deficiência e a comunidade LGBT + no questionário básico,  a amostragem pode continuar ocorrendo com os campos existentes.  Nós defendemos a ciência e a sua importância para a sociedade e também de fazer uso das tecnologias e aperfeiçoar. Ignorar a existência de pessoas com deficiência e a comunidade LGBT + é atrasar o desenvolvimento do país, com a entrada do novo governo é fundamental que sejam feitas inclusões de dados que foram negados anteriormente, estes segmentos não podem esperar um próximo censo.

Precisamos de uma ação efetiva do atual governo federal! 


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