O presidente Jair Bolsonaro vetou nesta quinta (07 de outubro) o projeto de lei que previa a distribuição gratuita de absorventes para estudantes de baixa renda de escolas públicas, pessoas em situação de rua ou de extrema vulnerabilidade social e pessoas encarceradas. Essa medida expõe mais uma vez a face mais misógina e cruel do bolsonarismo.
A pobreza menstrual é uma realidade para meninas, mulheres e pessoas que menstruam no Brasil: uma pesquisa da ONU aponta que, no Brasil, uma em cada quatro meninas já deixou de ir à escola por não ter absorventes. Muitas vezes, essas pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade precisam recorrer a pedaços de jornais, retalhos de roupa, meias e até mesmo miolo de pão para conviverem com os dias de menstruação. Bolsonaro ignora a realidade dessas pessoas e lhes nega dignidade!
Diante de um cenário onde a crise econômica afeta a renda de milhares de famílias, com a alta dos preços no mercado e a insuficiência do Auxílio Emergencial, é ainda mais difícil o acesso aos produtos de higiene pessoal. A escolha entre ter comida para colocar no prato ou ter direito à higiene íntima é perversa. Bolsonaro mais uma vez dá demonstrações de sua misoginia. Quem despreza a vida das mulheres não pode seguir governando.
Nós, abaixo-assinado, exigimos que o Congresso Nacional derrube urgentemente este veto absurdo ao projeto de distribuição gratuita de absorventes. Precisamos garantir mais este pequeno passo em direção à dignidade menstrual de todas nós. Absorventes, ficam! Bolsonaro, sai!